Qual o impacto da pandemia nas compras de Natal?

As lojas e os hipermercados costumam encher nas semanas que antecedem o Natal. A época é sinónimo de muitas compras, para alegria dos comerciantes. Mas em ano de pandemia, a situação é bem diferente.
"Fizemos cerca de metade do valor habitual para este mês, mas estamos contentes porque temos a impressão de que agora as pessoas consomem de forma diferente. Antes, podem ter recorrido mais a sites de comércio eletrónico, enquanto agora percebemos que olham mais à sua volta e que estão a encomendar às lojas", diz Sophie Patteuw, gerente de uma loja de brinquedos.
De acordo com um estudo da CSA Research para a Cofidis e o site de comércio eletrónico Rakuten, este ano o orçamento médio previsto para o Natal aumentou significativamente: 54 euros, face a 2019, atingindo os 603 euros. Valor que inclui presentes, refeições e roupa
"Era muito importante para nós abrir este fim de semana. É, por isso, um grande alívio. Agora temos três semanas e meia, quatro semanas, para atingirmos os números que devíamos ter feito em seis. Esperamos que passe", deseja Pascal Mutel, dono de uma florista.
De acordo com a consultora PwC, 40% dos consumidores europeus sofreram uma diminuição nos rendimentos familiares devido à pandemia e 38% planeiam reduzir os gastos nos próximos meses.
Os consumidores dos países mais afetados estão particularmente determinados a gastar menos.
Mas apesar das boas notícias sobre as vacinas, comerciantes e consumidores continuam preocupados com os rendimentos, empregos e estabilidade, fortemente abalados pela pandemia.