Itália sugere perdão da dívida

Itália sugere perdão da dívida
Direitos de autor Hannibal Hanschke/Pool Photo via AP
Direitos de autor Hannibal Hanschke/Pool Photo via AP
De  Teresa Bizarro com Agências
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Responsável de governo italiano diz que BCE não devia executar as obrigações de dívida pública que tem comprado aos estados-membros

PUBLICIDADE

O Banco Central Europeu devia cancelar as obrigações de dívida ou torná-las perpétuas. A opinião é de um dos mais próximos conselheiros do primeiro-ministro italiano. Citado pela agência Bloomberg, Riccardo Fraccaro afirma que "a política monetária deve apoiar as políticas fiscais expansionistas dos Estados-membros de todas as formas possíveis". O secretário do conselho de ministros italiano defende por isso "o cancelamento das obrigações soberanas adquiridas durante a pandemia ou o prolongamento perpétuo da sua maturidade".

Espera-se que dívida da zona euro chegue a níveis de 2014. Portugal é dos países em que a dívida está a aumentar face à riqueza produzida muito acima da média europeia. Mais grave apenas o cenário na Grécia e na Itália. 

Euronews
Rácio da dívida sobre o PIBEuronews

O BCE não se pronunciou sobre o apelo do responsável italiano, mas analistas duvidam de uma resposta positiva. O Ministro francês das Finanças já veio sublinhar que o princípio do pagamento da dívida é o princípio do próprio mercado da dívida. Bruno Le Maire lembra que agora é possível "vender obrigações públicas a taxas muito baixas, graças à política monetária do BCE".

Philip Lane, economista-chefe do Banco central Europeu, põe água na fervura. Admite que as divídas públicas vão ser mais elevadas, mas diz que esta é a resposta certa à pandemia. As taxas de juro muito baixas tornam estes empréstimos sustentáveis. Um cenário muito diferente da crise de 2008.

A presidente do BCE veio entretanto reforçar os rumores de que em dezembro o reguladore pode comprar mais obrigações dos estados-membros.

Christine Lagarde quer preservar condições de financiamento favoráveis durante o tempo necessário. Considera que esta é a forma certa de apoiar as despesas das pessoas, para manter o crédito a fluir e para desencorajar despedimentos em massa.

Os governo europeus têm usado a ferramenta para proteger e mitigar os efeitos da pandemia nas economias.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Procura recorde de títulos de dívida europeia para apoio ao emprego

BCE avalia recuperação económica na Europa

Fabricantes europeus de automóveis elétricos lutam para recuperar o atraso em relação à China