A revolta dos "patos amarelos" em Banguecoque

Os bonecos serviram de escudo e agora são símbolo de liberdade e resistência
Os bonecos serviram de escudo e agora são símbolo de liberdade e resistência Direitos de autor AP Photo/Sakchai Lalit
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De  Francisco Marques
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Os bonecos de borracha surgiram no protesto de terça-feira, marcado por violentos confrontos com a polícia tailandesa. Agora, são símbolo de liberdade e resistência pela democracia

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Há cada vez mais patos de borracha amarelos nos protestos antigoverno que hoje voltaram a fazer-se ouvir nos arredores de Banguecoque apesar dos mandados de captura contra os líderes do movimento e todos aqueles que insultarem a monarquia tailandesa.

O boneco foi visto pela primeira vez nestas manifestações na passada terça-feira, dia em que se registaram os confrontos mais violentos entre os manifestantes e as autoridades.

A explicação não é clara, mas ganha força a de que estes patos de borracha amarelos se estão a tornar no símbolo da liberdade criativa e da resistência da luta pela democracia.

As manifestações deste sábado juntaram milhares de manifestantes em dois pontos dos subúrbios da capital da Tailândia.

Num deles discursou Anon Nampa, um dos instigadores destes protestos, perspetivando uma mudança política no país quando o parlamento começar a ser renovado com os jovens que agora se manifestam nas ruas.

“Temos muitos jovens de 18 e 20 anos. Dentro de cinco anos, estes jovens vão poder candidatar-se a deputados e, quando esse dia chegar, o parlamento tailandês vai encher-se com esta nova geração de jovens progressistas”.
Anon Nampa
Militante antigoverno da Tailândia

Os manifestantes exigem a demissão do atual primeiro-ministro Prayruth Chan-ocha, uma reforma constitucional e outra do atual regime monárquico vigente na Tailândia.

Os protestos subiram de tom nesta última semana, com acusações ao chefe de Governo de ter manipulado as eleições do ano passado de forma a reforçar o poder depois de o ter tomado de um governo eleito em 2014.

Prayruth garante que o sufrágio foi correto e recusa abandonar o executivo.

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