Braço-de-ferro entre Hungria, Polónia e UE

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De  Nara Madeira com AP, Eurovision
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Hungria, Polónia e UE de costas voltadas. Ursula von Der Lyen diz que os europeus estão à espera de ajuda enquanto se debatem questões jurídicas.

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Depois de um encontro em Budapeste o primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, e o seu homólogo húngaro, Viktor Orban, encontraram-se em Varsóvia para discutir o bloqueio conjunto ao orçamento de longo prazo da União Europeia e ao pacote de recuperação para a Covid-19. 

Os dois governos mostram-se abertos a negociar, como adiantava em conferência de imprensa o porta-voz do executivo polaco. Piotr Mueller afirmava que estão _"_abertos a novas propostas", e convencidos de que pode ser alcançado um acordo", mas enfatizava "que ele deve estar em conformidade com os Tratados da UE e as conclusões do Conselho Europeu de julho deste ano e esta posição continua válida". Portanto, o veto é para manter se o mecanismo de proteção do Estado de Direito continuar a ser uma condição para o orçamento e mecanismo de gestão de crises.

Enquanto a chanceler alemã, Angela Merkel, ia dizendo que todas as partes envolvidas devem estar dispostas a chegar a um compromisso e que o acordo é possível, Mateusz Morawiecki escrevia no Twitter que "os regulamentos da UE devem estar em conformidade com os tratados e que a segurança jurídica é um valor fundamental numa democracia"

Argumentos que não convencem a Ursula von der Leyen. A presidente da Comissão Europeia explicava que “se alguém tem dúvidas sobre questões jurídicas, há um caminho muito claro: recorrer ao Tribunal de Justiça Europeu, esse é o lugar onde costumamos avaliar as nossas diferenças de opinião sobre contendas jurídicas e não sobre as despesas de milhões de europeus que estão, desesperadamente, à espera da nossa ajuda porque estamos no meio de uma crise profunda".

Pelo menos por enquanto, Ursula von der Leyen também não consegue convencer os governos polaco e húngaro que mantêm a posição conjunta de não aceitar a proposta da UE. Ainda nas redes sociais o chefe do executivo polaco esclarecia que os dois países estão a agir "não apenas nos seus próprios interesses, mas para o bem de" todos os Estados-membros.

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