Luto no Niger e homenagem a franceses mortos no Mali

O Niger decretou três dias de luto nacional, na sequência dos ataques contra duas aldeias no sudoeste do país que resultaram numa centena de mortos.
O governo fortaleceu a segurança na região, junto à fronteira com o Mali, e prometeu apoio às populações afetadas.
De visita às aldeias atacadas, o primeiro-ministro Brigi Rafini anunciou a abertura de investigações para que "estes crimes não fiquem impunes".
O governo português condenou os ataques e renovou "o apoio aos esforços internacionais de combate ao terrorismo no Niger e na região do Sahel".
Portugal enviou também condolências às famílias dos dois militares franceses mortos no sábado no Mali e homenageados esta segunda-feira em Paris.
Ao microfone da euronews, o general Dominique Trinquand, que dirigiu no passado a missão militar francesa na ONU, defendeu a validade da operação na qual participavam os dois militares:
"As forças francesas estão aí para provar que não é uma questão de armas, mas de negociações. Estão aí para lutar ao lado dos exércitos africanos a pedido dos respetivos governos, para mostrar aos jihadistas que não há espaço para uma vitória pelas armas. Mas o fim da história será quando estiverem dispostos a negociar com os seus próprios governos."
Trinquand acredita que a situação melhorará com um maior envolvimento europeu.
A morte dos dois militares franceses foi reivindicada pelo braço da Al-Qaida no Sahel, que diz ter ativado "um engenho explosivo" à passagem do veículo da missão francesa Barkhane.