A pandemia não dá tréguas. O Reino Unido regista mais de 1500 mortes diárias; a Espanha mais de 39 mil novas infeções e Portugal volta ao confinamento
O Sars-Cov-2 galopa pela Europa. A Espanha enfrenta a terceira vaga e os hospitais estão outra vez sob grande pressão. O último registo é de 39 mil novas infeções diárias, o maior aumento de casos num só dia desde o início da pandemia.
O número de internados em unidades de cuidados intensivos cresceu 39% desde 24 de dezembro. O ministro da Saúde pede aos espanhóis que respeitem escrupulosamente as medidas adotadas por cada região autónoma porque essa é a única maneira de controlar o vírus.
A Espanha começou a vacinação no final de dezembro. Até agora foram distribuídas um milhão de doses da vacina pelas 17 regiões do país.
O Reino Unido registou o maior número diário de mortes desde o início da pandemia - mais de 1.500.
Os especialistas em saúde pública falam de um "fracasso fenomenal de política em prática".
O governo de Boris Johnson está sob enorme pressão. Perante uma comissão parlamentar, o primeiro-ministro foi vago sobre a resposta do seu governo à entrada no país de uma nova variante do Sars-Cov2, com origem no Brasil.
"Estamos a tomar medidas para impedir que a variante do Brasil seja importada para este país. Tomamos medidas para impedir a importação da variante sul-africana para este país, como de facto os franceses tomaram medidas para impedir a importação da variante de Kent para a França". E é isso que os países fazem", afirmou o primeiro-ministro.
A Itália vai estender o estado de emergência até o final de abril, já que as infeções não mostram sinais de abrandamento. O estado de emergência, que deveria expirar no final de janeiro, dá maiores poderes ao governo central e agiliza os processos burocráticos das medidas a adotar.
Portugal também estende o estado de emergência e entra num novo confinamento às 00 horas desta sexta-feira, dia 15. O primeiro-ministro indica: "A regra principal é ficar em casa. Cada um de nós deve aplicar esta regra, a fim de proteger os outros e para nos proteger a nós mesmos, só assim venceremos a pandemia".
Para já, o confinamento está previsto para um mês. Os especialistas falam de oito semanas para trazer as taxas de infeção para os níveis anteriores ao Natal.