O negócio "selvagem" dos testes rápidos à Covid-19 em Berlim

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De  Euronews
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Em Berlim o negócio dos testes rápidos à Covid-19 multiplica-se mas muitas vezes não há qualquer supervisão das autoridades de saúde. O negócio é especialmente rentável que não forem seguidos os procedimentos regulamentares.

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A afluência aos centros privados de testes rápidos à Covid-19 é grande e o negócio vai bem... Pelo menos em Berlim.

Numa pesquisa rápida é possível encontrar esta oferta na maioria dos bairros da capital alemã - desde lojas de sexo a igrejas, ou até mesmo nos centros lúdicos junto aos lagos.

Os testes antigénicos, que custam entre 25 a 80 euros, oferecem um resultado em 15 a 30 minutos - e têm uma taxa de eficácia de até 97 por cento.

E o negócio e rentável.

Benjamin Förckensperger abriu um centro de testes depois de a família ter ficado infetada com Covid-19, foi difícil encontrar os produtos.

Teve a ajuda de um médico. Mas há o receio de que alguns centros estejam a cortar nos procedimentos.

0.43 SOT Benjamin Föckersperger, Entrepreneur and test centre owner:

‘Quando fazemos as coisas como deve ser, seguimos as regras e seguimos as leis, então custa um pouco de dinheiro. Mas quando as pessoas não fazem como deve ser, então é possível ganhar muito dinheiro.

Kate Brady, jornalista da Euronews, explica que, para já, ainda não há ideia de quantos centros de testes rápidos existem em Berlim. Para o Estado, operar centros de testes rápidos cai na esfera da livre iniciativa empresarial".

Por comparação, se quiser abrir, uma roulotte de salsichas aqui na Alemanha, existem meses e meses de preparação. Mas para um centro de testes, o processo foi bastante rápido.

Como Dirk Heckert, enfermeiro, constatou, há muito pouca burocracia para abrir o seu centro. "Por comparação, se quiser abrir, uma roulotte de salsichas aqui na Alemanha, existem meses e meses de preparação. Mas para um centro de testes, o processo foi bastante rápido. É aí é preciso ter cuidado com as maçãs podres: Eles não têm que se registar. Apenas abrem o negócio, lançam alguma publicidade e fica tudo resolvido. Nós seguimos o caminho da transparência. Por isso, enviámos um conceito de prática de higiene para o senado de Berlim e submetemos um registo de publicidade", diz.

Agora, numa carta aberta, as autoridades públicas locais anunciaram o início de um monitoramento mais rigoroso, após receios de que nem toda a gente segue as regras de quarentena.

Nicolai Savaskan, dirigente da autoridade pública local, do distrito de Berlin Neukölln, afirma que "o problema é que termos centros de testes rápidos que não transmitem os resultados, em particular os testes positivos às autoridades de saúde locais mas disponibilizam-nos diretamente aos clientes.

Os laboratórios na Alemanha estão sobrelotados e ter um teste por intermédio de um médico significa tempos de espera mais longos.

Apesar de não existirem controlos nos centros de testes privados, a conveniência acaba por suplantar as inquietações.

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