Polacos pedem demissão do governo

Polacos pedem demissão do governo
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De  Teresa Bizarro  com AP

Em causa a nova lei do aborto que praticamente impede a interrupção voluntária da gravidez

Polacos voltam a sair à rua em protesto pela nova lei que praticamente proíbe o aborto. Manifestação pelo segundo dia consecutivo frente ao Tribunal Constitucional - o coletivo que deu luz verde à lei que impede a interrução voluntária da gravidez em caso de mal-formações no feto - mesmo que não exista possibilidade de sobrevivência.

O protesto desta quinta-feira teve vários momentos de tensão entre manifestantes e polícia. Pelo menos três pessoas foras detidas.

Entre o protesto e a esperança, os manifestantes prometem não baixar o tom da contestação. Aleksandra explica que a decisão empurra as pessoas para fora do país. Diz que não quer partir e garante que vai lutar "enquanto tiver força e esperança de que as coisas mudem".

Magda, uma outra manifestante entrevistada nas ruas de VArsóvia, diz que a Argentina representa "um bom exemplo" com o qual se pode aprender. Lembra que "após anos de luta pelos direitos das mulheres, o aborto foi legalizado" no país sul-americano. Mantém a esperança de que é possível ganhar esta "luta pela liberdade, mesmo que demore tempo.

Até à entrada em vigor da nova lei, 98% dos abortos legais na Polónia eram feitos na sequência de mal formações detetadas nos fetos. O protesto já não é apenas pela reversão da lei do aborto, mas também pela demissão do governo.

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