Os 60 anos do início da luta armada contra a potência colonial foram assinalados em Angola. Descontentes com a governação também sairam à rua.
Angola assinalou o 60º aniversário do início luta armada com atos oficiais e manifestações de protesto.
No Museu de História Militar, no centro de Luanda, foi erguida a bandeira nacional e declamado o hino. Seguiu-se a deposição de flores no monumento do Soldado Desconhecido, numa homenagem a todos quantos lutaram pela independência de Angola, alcançada quinze anos depois.
Ao mesmo tempo, noutro ponto da cidade, a Polícia Nacional dispersava uma manifestação com uma centena de participantes, em protesto contra a crise económica e pela alternância política.
De acordo com as autoridades, a concentração não cumpria os requisitos legais e os participantes praticaram vários atos de vandalismo, enquanto os manifestantes alegam terem sido surpreendidos pelo forte aparato policial.
Os manifestantes desta quinta-feira pretendiam também expressar o apoio aos habitantes do Cafunfo, da região diamantífera da Lunda Norte, onde, no sábado, a polícia reprimiu uma ação que classificou de rebelião separatista e da qual resultaram, pelo menos, seis mortos. Algumas organizações não-governamentais denunciaram violações de Direitos Humanos, o governo ordenou a abertura de um inquérito judicial.