Além das finanças, os ministros da Defesa analisaram, na reunião por videoconferência, a melhor maneira de retirar o destacamento de dez mil soldados no Afeganistão, que deveria acontecer ainda este ano.
O novo governo dos EUA pretende ser mais construtivo no diálogo com os aliados da NATO, mas o secretário da Defesa insiste na tecla de que precisam de investir mais.
Na primeira reunião por videoconferência em que participou, quarta-feira, Lloyd Austin não precisou de recordar que apenas outros oito dos 30 membros da Aliança gastam de 2% do PIB com a defesa.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, concorda que tal é do interesse da organização: "Diferentes administrações dos EUA, republicanas e democratas, têm transmitido a mesma mensagem: precisamos de uma divisão justa do fardo nesta Aliança. Digo aos europeus, e eles concordam, que precisamos de investir mais em Defesa, não para agradar aos Estados Unidos, mas porque é do nosso interesse investir mais em segurança".
"Enfrentamos um mundo mais perigoso, com formas mais brutais de terrorismo, tal como o levado a cabo pelo Estado Islâmico no Iraque, na Síria e noutros lugares. A Rússia está mais assertiva, temos as consequências da ascensão da China, ameaças cibernéticas e híbridas", enunciou ainda.
Saída do Afeganistão só com certas condições
Além das finanças, os ministros da Defesa analisaram a melhor maneira de retirar o destacamento de dez mil soldados no Afeganistão, que deveria acontecer ainda este ano.
Jens Stoltenberg considera que poderá ser precipitado fazê-lo, apesar do acordo de paz obtido pelos EUA junto dos rebeldes talibã.
"Há um prazo que é 1 de maio. Mas a promessa de sair do Afeganistão é baseada em certas condições. A nossa presença no Afeganistão baseia-se em condições. O que a NATO faz agora é, antes de mais nada, assegurar o máximo de apoio ao processo de paz, para que haja a plena implementação do acordo. Só sairemos quando chegar o momento certo", disse o secretário-geral.
A NATO deverá levar a cabo uma missão alargada no Iraque, a pedido desse país, para dar formação militar e fazer aconselhamento dos órgãos de segurança.