Quem é o rapper da insurreição em Espanha?

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Direitos de autor Joan Mateu/Joan Mateu Parra
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De  Euronews
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Pablo Rivadulla Duró, mais conhecido como Pablo Hasél, nasceu na cidade catalã de Lérida há 32 anos e tem a justiça espanhola às costas há vários anos.

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Espanha mergulhou numa onda de protestos consecutivos nos últimos dias por causa da prisão de um rapper que faz a apologia do terrorismo e critica a monarquia e as instituições do Estado.

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Mas quem é Pablo Hasél e porque está preso?

O seu verdadeiro nome é Pablo Rivadulla Duró. Nasceu na cidade catalã de Lérida há 32 anos.

Começou cantar "rap" em 2005. A fama chegou com a primeira condenação por glorificação do terrorismo em 2014, crime instituído em Espanha devido aos anos de luta contra grupos armados como a ETA.

"Aqui, em Espanha existe uma jurisprudência, por vezes, vacilante sobre quando é que estamos ou não na presença de um delito. E depois também há que dizer que a legislação é mais ampla em matéria de limites à liberdade de expressão, em relação a outros países. Dou como exemplo o delito de glorificação do terrorismo e humilhação das vítimas, o que não existe nos países ao nosso redor", explica Ignacio González Vega, magistrado.

Estas são algumas das letras que o fizeram ser condenado pela justiça:

"Não lamento o tiro no teu pescoço, pepero"

"O carro de Patxi López merece explodir!"

"Penso nas balas que não atingem os juízes nazis."

"A televisão espanhola merece uma bomba"

"Oxalá que o GRAPO regresse...viva à ETA!"

Hasél foi condenado a dois anos de prisão. Sem cadastro, a pena foi suspensa.

Em 2018 foi novamente condenado a dois anos de prisão por glorificar o terrorismo e multado em 38 mil euros por insultos à Coroa e às instituições do Estado. A pena foi depois atenuada para nove meses atrás das grades pelo Supremo Tribunal.

De acordo com o Supremo, as "expressões empregues excedem o direito à liberdade ou opinião.

Agora, está preso, a pena não pode ser suspensa, porque acumula várias condenações, como os seis meses de prisão por agredir um jornalista.

Já depois de entrar no cárcere, um tribunal de Lérida confirmou mais dois anos e meio de prisão por obstrução à justiça e tentativa de agressão a uma testemunha.

O caso abriu o debate sobre os limites da liberdade de expressão em Espanha. O governo socialista em coligação com o Unidas-Podemos anunciou uma reforma do código penal.

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