Bruxelas apresenta orientações para Década Digital

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Direitos de autor OLIVIER HOSLET/AFP
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De  Isabel Marques da SilvaStefan Grobe
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A Comissão Europeia deseja que pelo menos 80 % dos adultos adquiram competências digitais básicas até 2030.

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Qual deve ser o nível de modernização digital da União Europeia em 2030? O executivo comunitário apresentou uma espécie de "bússola digital", terça-feira, em Bruxelas.

Trata-se de um conjunto de orientações, com metas e medidas concretas, cujo objetivo é combinar vantagens económicas com o bem-estar dos cidadãos, que terão de adquirir mais competências num mundo cada vez mais interligado por tecnologias digitais.

“A digitalização não é um fim em si mesmo. Tem que ter um propósito. Para nós, uma década digital bem-sucedida significa que nos tornámos num parceiro próspero, confiante e aberto. É isso que queremos ser neste mundo. E temos que garantir que todos nós beneficiamos do bem-estar de uma sociedade digital inclusiva", explicou Margrethe Vestager, vice-presidente-executiva da Comissão Europeia, em conferência de imprensa.

Estou muito preocupada com o facto de já existirem minorias digitais e de que poderá haver um aumento das pessoas excluídas, que integrarão essas minorias digitais. Temos que o evitar usando todos os meios.
Eva Maydell
Eurodeputada, centro-direita, Bulgária

Há oportunidades para investimento, mas também é preciso enfrentar ameaças em termos da segurança das infraestruturas e do respeito por direitos humanos, políticos e sociais. No Parlamento Europeu espera-se que a inclusão seja, efetivamente, uma prioridade.

"Tal como falámos de um Pacto Ecológico, chegou o momento de falar sobre um Pacto Digital. Digo isto porque tivemos inúmeras estratégias digitais, com algumas a alcançaram os seus objetivos, mas muitos delas não o conseguiram. Estou muito preocupada com o facto de já existirem minorias digitais e de que poderá haver um aumento das pessoas excluídas, que integrarão essas minorias digitais. Temos que o evitar usando todos os meios", referiu Eva Maydell, eurodeputada búlgara de centro-direita, em entrevista à euronews.

Investimento em tecnologia 5G

Uma forma de criar essa inclusão é investir em infraestruturas que ajudem todos a fazer a transição digital, sejam pequenos ou grandes empresários, pessoas que vivem nas cidades ou nas zonas rurais.

A quinta geração (5G) de telecomunciações será fundamental, considera Jacob Kirkegaard, analista político no centro de estudos The German Marshall Fund of the US: “É necessário investir em infraestruturas básicas, de facto a Europa terá de investir muito mais na sua capacidade de utilizar a internet 5G, de alta velocidade".

"Caso contrário, a chamada exclusão digital, ou o acesso desigual ao 5G, vai promover, em última análise, uma grande desigualdade ao nível do rendimento económico entre os países europeus", acrescentou o analista.

A pandemia da Covid-19 revelou-se um grande teste, já que as tecnologias de informação foram crucias para reforganizar o trabalho, o estudo e o consumo. A Comissão Europeia deseja que pelo menos 80% dos adultos adquiram competências digitais básicas até 2030.

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