UE quer aliviar as tensões com a Turquia

UE quer aliviar as tensões com a Turquia
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De  Isabel Marques da SilvaEfi Koutsokosta
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A reunião com Erdogan serviu para preparar um debate na cimeira dos chefes de Estado e de governo da União Europeia, na próxima semana, onde será analisado um relatório detalhado sobre o quadro de relações com a Turquia em vários domínios.

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A União Europeia quer "aliviar as tensões com a Turquia para ter uma relação construtiva", disseram, sexta-feira, os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel.

A declaração, por comunicado, seguiu-se a uma videoconferência dos dois líderes com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Apesar de uma postura menos ofensiva da Turquia com os vizinhos europeus do mar mediterrâneo oriental, por causa da exploração de gás, as sanções continuam em cima da mesa.

A deriva autoritária do regime turco também continua a incomodar os europeus, que criticaram a mais recente decisão de tentar ilegalizar o Partido Democrático do Povo, da oposição.

"Temos que analisar a situação em termos de uma certa coreografia da política interna na Turquia. A economia está numa situação muito má, as sondagens são negativas para o governo, pelo que nota uma grande ofensiva contra os adversários do governo", explicou Marc Pierini, analista político no centro de estudos Carnegie Europe, em entrevista à euronews.

"Do ponto de vista europeu, existe um paradoxo: o presidente da Turquia apresentou, a 2 de março, um plano sobre defesa dos direitos humanos. A União Europeia convidou a Turquia, a 15 de março, para a próxima conferência sobre a Síria. Mas tudo o que é feito no terreno vai na direção exatamente oposta", acrescentou o analista.

A reunião com Erdogan serviu para preparar um debate na cimeira dos chefes de Estado e de governo da União Europeia, na próxima semana, onde será analisado um relatório detalhado sobre o quadro de relações com a Turquia, em vários domínios.

Fontes europeias dizem que uma perspetiva futura positiva poderia levar à renovação do pacto de migração, através do qual a União Europeia dá milhões de euros à Turquia, e a modernização da união aduaneira.

Mas uma avaliação negativa poderia levar ao endurecimento da posição, com aplicação de sanções.

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