Procuram-se soluções para ajudar as populações de Cabo Delgado

Moçambique tem vivido, nos últimos anos, grandes desafios. Catástrofes naturais que criaram dramas humanitários e prejuízos económicos colossais e uma ameaça terrorista, que assumiu grandes proporções nas últimas semanas e que levou ao exodo de milhares de pessoas, há morte de muitas centenas e a uma nova crise humanitária.
O Programa Alimentar Mundial é uma das organizações que está no terreno. Denise Coletta, explica que estão a fornecer ajuda de emergência no terreno. desde 2017.
O governo continua a dizer que a situação está controlada, em termos militares mas o drama que vivem as populações é inimaginável e as necessidades aumentam todos os dias.
De acordo com Denise Coletta "para fornecer um kit alimentar de resposta para 50 mil pessoas, que é a estimativa de pessoas afetadas pelos recentes ataques em Palma, para 14 dias, e depois uma cesta mensal de três meses para essas pessoas, que inclui também um super cereal para repôr as necessidades nutricionais dessas pessoas, é requerido quatro mihlões de dólares". O organismo "está em processo de ampliação da assistência alimentar na região norte de Moçambique, com um plano de atender 750 mil pessoas nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa e Zambézia", precisa, portanto, até ao fim de 2021, de 82 milhões de dólares.
De acordo com o Programa Alimentar Mundial a situação humanitária e de segurança alimentar tem piorado devido à escalada de violência que leva à debandada das populações. O organismo diz que mais de 950.000 pessoas em Cabo Delgado, Niassa e Nampula estão em fome severa impulsionada pela insegurança e agravada por choques climáticos, que afetaram a agricultura e os seus meios de subsistência.