Zaghari-Ratcliffe condenada a mais um ano de prisão no Irão

Zaghari-Ratcliffe condenada a mais um ano de prisão no Irão
Direitos de autor Nazanin Zaghari-Ratcliffe/AP
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Marido acusa autoridades iranianas de usarem esposa como moeda de troca contra Londres

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Acusada de "propaganda contra a República Islâmica do Irão", a ativista anglo-iraniana Nazanin Zaghari-Ratcliffe foi condenada a mais um ano de prisão pela justiça iraniana.

Está igualmente proibida de deixar o país, onde se encontra detida desde 2016, durante um ano, após cumprir pena.

Em causa está a participação num protesto em frente à embaixada do Irão em Londres, em 2009, por altura das manifestações contra a reeleição do presidente ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad. De acordo com o advogado Hoyat Kermani, a cliente Zaghari-Ratcliffe também é visada por ter dado uma entrevista ao serviço persa da BBC.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou a sentença e prometeu fazer todos os possíveis para assegurar a libertação.

Para o marido de Nazanin, Richard Ratcliffe, e apoiantes da ativista, esta está a ser usada como arma para forçar Londres a pagar uma dívida antiga de mais de 400 milhões de libras, que o Irão pagou ao Reino Unido por tanques nunca entregues.

Em entrevista à Euronews, Richard Ratcliffe falou num mau sinal: "Este processo judicial existe desde que ela se tornou elegível para a liberdade condicional em 2017 e quando ela cumpriu a sentença no mês passado foi levada a tribunal na semana seguinte. Então esteve lá para ser segurada e é um sinal claro de que ela é uma moeda de troca. O que o advogado nos disse à porta fechada é que vai recorrer e que temos 20 dias para fazê-lo. Haverá uma nova audiência e ele tem esperança que ela seja absolvida porque não há substância."

A diretora de projeto da Fundação Reuters, filial da agência de notícias, já cumpriu uma pena de cinco anos de prisão no Irão.

Foi acusada de tentar, alegadamente, derrubar o regime.

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