Jornalista bielorrusso detido em Minsk após alerta de bomba falso em voo da Ryanair. O jornalista é acusado de promoção da desordem pública e incitamento ao ódio
Um jornalista bielorrusso procurado pelo governo de Aleksander Lukashenko foi detido na capital, Minsk.
O voo em que seguia o jornalista, proveniente de Atenas e com destino a Vílnius foi obrigado a aterrar na capital bielorrussa na sequência de um alerta de bomba a bordo que tudo sugere ter sido falso.
Pouco depois da aterragem o jornalista foi detido pelas autoridades bielorrussas. Não se conhece ainda quem teria lançado o alerta de bomba a bordo.
A ativista da oposição Sviatlana Tsikhanouskaya reagiu denunciando o que afirma ser uma operação dos serviços de segurança a fim de deter o jornalista.
O antigo presidente do Parlamento Europeu, Donald Tusk, denunciou as ações do líder bielorrusso afirmando que as ações do presidente requerem uma reação dura dos governos e instituições europeias.
Raman Pratasevich é um dos administradores de um canal dedicado a cobrir os protestos que eclodiram na Bielorrússia após as eleições presidenciais de agosto passado.
Em novembro, as autoridades acusaram Pratasevich e outro administrador do canal de promoção de desordem pública e de incitamento ao ódio.
Desde as eleições que mais de trinta mil pessoas foram detidas. Centenas teriam sido igualmente torturadas e espancadas.
Segundo a Associação Bielorrussa de Jornalistas 27 profissionais de comunicação estariam neste momento detidos.