País dividido entre direita populista e esquerda reformista
Keiko Fujimori, filha do antigo chefe de Estado Alberto Fujimori, lidera a contagem de votos nas eleições presidenciais no Peru. Com mais de 90% do escrutínio apurado, a candidata da direita tem 50,17% dos votos - uma margem tão escassa que obriga a esperar pela contagem de todos os votos antes de declarar um vencedor.
Com um discurso populista, é terceira vez que Fujimori concorre ao lugar. Em 2016, perdeu também por escassas décimas. Se ganhar, evita um processo com mais acusação de mais de 30 anos de prisão por alegado branqueamento de capitais nas campanhas anteriores.
Seja qual for o resultado, os números mostram um país profundamente dividido.
Pedro Castillo, candidato da esquerda, à frente nas sondagens e nas projeções à boca das urnas, defende uma reforma radical que passa por uma nova Constituição que permite a nacionalização dos recursos naturais.
O vencedor deve tomar posse a 28 de Julho, dia em que o Peru comemorará 200 anos de independência.
O país está mergulhado numa crise económica, agravada pela pandemia de covid-19 que já fez mais de 180 mil mortos - a mais alta taxa de mortalidade do mundo pelo coronavírus.