Executivo de oito partidos realizou primeiro conselho de ministros
Luz verde do parlamento, mãos à obra. O novo governo de coligação de oito partidos em Israel realizou de imediato o primeiro conselho de ministros. O novo chefe de governo do país, Naftali Bennett, tem como tarefa permanente manter a coesão de formações aliadas com profundas diferenças ideológicas.
Naftali Bennett declarou que "agora, o povo de Israel, toda a gente, está a observar-nos e o ónus da prova recai sobre nós. Trabalharemos juntos em parceria com responsabilidade a fim de reparar a divisão na nação".
O nacionalista vai ser chefe de governo até 2023, no quadro de um acordo de partilha de poder, vai depois entregar o testemunho ao centrista Yair Lapid, que é por agora ministro das Relações Externas.
"O que fez este governo foi a amizade e a confiança, e o que vai manter este governo é a amizade e a confiança. Se soubermos confiar e apoiar-nos mutuamente, e se trabalharmos em conjunto para que funcione... vai funcionar", explicou, convicto, Yair Lapid.
O homem que ocupou o cargo de primeiro-ministro nos últimos 12 anos, o mais longo período de um chefe de governo em Israel, Benjamin Netanyahu, diz que não se vai embora, vai ser oposição, e garante que vai regressar.
"Se é o nosso destino na oposição, vamos fazê-lo com a nossa cabeça levantada até deitarmos abaixo este governo perigoso e liderarmos de novo o país, à nossa maneira", proferiu Bibi, como é conhecido.
A mudança de governo originou celebrações em Telavive. Muitos esperam mudanças. Quem não vê quaisquer alterações é o movimento islâmico palestiniano Hamas que já anunciou não esperar políticas diferentes para a região.