Na Cornualha, no sudoeste de Inglaterra, uma central de energia geotermal conseguiu captar pela primeira vez energia proveniente das profundezas da terra
A Cornualha, na ponta sudoeste de Inglaterra é muito mais do que sinónimo de praias, prados verdes e natureza.
A vários metros de profundidade poderá estar um componente fundamental da luta contra as alterações climáticas.
As rochas quentes no subsolo são uma fonte de energia até agora ignorada. Tudo isto contudo está prestes a mudar.
Esta central térmica é um marco importante na captação da energia geotermal contida no granito que se encontra a muitos metros de profundidade.
“Foi um momento histórico quando conseguimos extraír o vapor do solo pela primeira vez e mostrá-lo ao mundo foi emocionante. Esta semana, em especial, foi um marco para nós quando extraímos vapor das profundezas da terra, É um conceito difícil de entender mas nós provámos que é possível", afirma Hazel Farnddale, geóloga e responsável por este projeto.
O repórter da euronews, Luke Hanrahan, acrescenta:
"É nesta central que se situa o poço de superfície mais profundo no Reino Unido. No total, são mais de cinco quilómetros perfurados em rocha granítica, a qual é radioativa e gera calor. É este calor que um dia poderá gerar eletricidade".
O projeto demorou uma década a concluir e incluiu financiamento europeu assim como muita imaginação até se chegar às nuvens de vapor de água.
A responsável pelo projeto afirma que a perfuração foi efetuada numa zona de fratura a qual contém muitos fluidos. São estes que são captados no poço e que se transformam em vapor de água ao atingirem a superfície onde alimentam uma turbina que gera electricidade.
No Reino Unido, o potencial estimado desta fonte de energia é de 200 gigawatts, suficiente para alimentar seis milhões de lares.
Para os próximos cinco anos estão previstas mais quatro centrais idênticas.