Governo da Renânia do Norte-Vestfália colocou à disposição 3500 euros por família afetada pela tragédia
Está tudo mais calmo, na Alemanha, depois das cheias históricas que fizeram centenas de mortos.
Agora, é altura para tentar voltar à normalidade.
Susana Dunke é apenas uma das milhares de vítimas que viram a própria casa a inundar de lama. Puxa gaveta a gaveta. Estão todas destruídas.
"O meu filho morreu há quatro meses. O meu cunhado morreu há quatro semanas. Já sofremos demais", conta Susanne, a residente em Blessem, umas das zonas mais afetadas pelas cheias. "Os meus netos estão em Goettingen e querem vir para aqui para casa. É terrível. Normalmente estão aqui comigo, com a avó. Mas não podem agora.", conta com mágoa.
Susanne perdeu tudo o que tinha no piso térreo. "Lá em cima está tudo limpo, mas não há água, nem eletricidade. A lama tem ser retirada. Toda a cozinha tem de ser reconstruída.", explica.
Nem os móveis ficam para contar a tragédia dos últimos dias. Susanne tem a ajuda dos vizinhos para a reconstruir a casa irreconhecível. Nem a casa de banho escapou.
O lixo do interior é retirado para as ruas, que ainda há uns dias tinham água a 4 metros de altura.
Brigitte Berger e Heinz Berger, casal residente também em Blessem, contam, emocionados, que ficaram sem nada. "As memórias foram-se. Não há nada", diz Brigitte. "Construímos tudo com as nossas próprias mãos. Está tudo perdido.", conta Heinz Berger.
O governo regional da Renânia do Norte-Vestfália anunciou uma ajuda até 3500 euros por família afetada pelas cheias.