Sibéria sofre com os incêndios mas também com o fumo

Fumo cobre cidade de Yakutsk, na Rússia
Fumo cobre cidade de Yakutsk, na Rússia   -  Direitos de autor  Ivan Nikiforov/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
De  Bruno Sousa

Nuvem de fumo resultante dos incêndios na Sibéria poderia cobrir praticamente metade do continente africano

Onde há fogo, há fumo. E se na Sibéria os incêndios ativos são maiores que os da Grécia, Turquia, Itália, Estados Unidos e Canadá juntos, a nuvem de fumo daí resultante, que já chegou ao Polo Norte, é gigantesca e poderia cobrir praticamente metade do continente africano. A vida para os habitantes locais é complicada.

Tatyana Fetisova vive na cidade de Yakutsk e queixa-se de ter uma "tosse permanente, os olhos ardem e dói-me a cabeça", ainda assim destaque que "as pessoas de idade estão pior, principalmente as que têm problemas cardíacos ou respiratórios."

Esta quinta-feira, só na região siberiana de Yakutia estavam ativos 111 focos de incêndio, combatidos por cerca de cinco mil pessoas. O verão de 2020 já tinha sido bastante severo em termos de incêndios florestais na Rússia, mas uma estimativa do Programa Copernicus revela que a quantidade de dióxido de carbono libertada na região já tinha ultrapassado a do ano passado, o que permite concluir que a área ardida é superior.

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