Google tenta anular multa de Bruxelas de 4,34 mil milhões de euros

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Gigante tecnológica e Comissão Europeia medem forças no Luxemburgo

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Nos próximos cinco dias, o Luxemburgo será o palco de um duelo de titãs que tem como pano de fundo uma multa histórica de 4,34 mil milhões de euros.

A Google e a Comissão Europeia começaram, esta segunda-feira, a esgrimir argumentos junto do Tribunal Geral da União Europeia. Em causa está a coima que Bruxelas impôs à gigante tecnológica norte-americana em julho de 2018 por violação da concorrência.

A empresa é acusada de firmar contratos ilegais com fabricantes de dispositivos Android e operadores de redes. O alegado objetivo: fortalecer o domínio do motor de busca da gigante tecnológica.

“É verdade que a Google investiu muito no ecossistema Android. Permitiu que esse ecossistema florescesse. A Comissão Europeia culpa a Google de abusar da posição dominante ao forçar e impor restrições aos fabricantes de smartphones. Isso torna mais difícil para os rivais da Google a operar no mercado de motores de busca serem uma opção para os fabricantes de telemóveis", explicou, em entrevista à Euronews, Alexandre de Cornière, especialista em economia digital e investigador na Toulouse School of Economics.

A Google defende-se das acusações de forçar os fabricantes a pré-instalar o navegador Chrome e o motor de buscas Google nos dispositivos Android como condição para fornecer acesso à Play Store, chegando assim a mais clientes.

Alega, igualmente, que o sistema operativo reforçou a concorrência em vez de a bloquear.

Para a empresa, as pressões também chegam, agora, dos reguladores dos EUA.

“Desde o início da administração Biden vimos grandes mudanças. Agora as grandes empresas de tecnologia estão debaixo do fogo dos reguladores nos EUA e a situação até começou a tornar-se mais intensa do que na Europa. Existem ameaças de as separar e muitos processos judiciais em curso. Penso que estamos a assistir a uma espécie de convergência e talvez os EUA estejam a assumir a liderança na luta contra as tecnológicas”, acrescentou Alexandre de Cornière.

A audição no tribunal do Luxemburgo prossegue durante a semana. O braço-de-ferro ainda promete fazer correr muita tinta.

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