Ali Harbi Ali, britânico de origem somali, foi formalmente acusado da morte do deputado conservador britânico, David Amess
O suspeito da morte do deputado britânico, David Amess, foi formalmente acusado de assassinato e preparação de atos terroristas.
Ali Harbi Ali, de 25 anos, britânico de ascendência somali, é o único acusado neste caso.
O deputado conservador, David Amess, foi morto à facada na sexta-feira quando se encontrou com eleitores na igreja metodista de Leigh-o n-Sea, 60 km a leste de Londres
O comissário da Polícia Metropolitana, Matt Jukes, declara: "Continua a não haver outras detenções e, neste momento, não procuramos mais ninguém em relação a este incidente".
Segundo o Jornal The Guardian, o suspeito recebeu amplo apoio no âmbito do programa do governo contra o terrorismo. Foi referienciado pela primeira vez ao sistema Prevent - o programa de intervenção precoce concebido para afastar as pessoas do risco de apoio à violência e ao radicalismo -, enquanto adolescente, em 2014.
A morte de Amess, que servia no parlamento há quase 40 anos e foi nomeado cavaleiro pela Rainha Isabel II em 2015, chocou os políticos britânicos, que se orgulham de serem acessíveis aos eleitores, suscitando um amplo debate sobre a forma como o país protege os seus líderes e lida com o extremismo.
Este crime ocorreu cinco anos após o assassinato da deputada Jo Cox, morta em 2016, por um extremista de direita. Cox foi a primeira deputada britânica a ser morta desde que um acordo de paz pôs fim à violência em grande escala na Irlanda do Norte, quase 30 anos antes.
David Amess tinha 69 anos e era ai de cinco filhos. Era conservador, fazia campanha pelos direitos dos animais e apoiou fortemente a saída da Grã-Bretanha da União Europeia.