Marcha das mulheres senegalesas contra as alterações climáticas

Pela primeira vez as mulheres do Senegal uniram-se numa marcha nas ruas de Dakar, a capital do país contra as alterações climáticas.
O objetivo é promover a participação no debate e encorajar as pessoas a considerarem as preocupações climáticas específicas das mulheres senegalesas e africanas na cimeira climática do próximo mês.
As mulheres defendem que África não pode ser ignorada e deve ter um espaço importante na agenda da cimeira.
A organizadora da marcha, Nadia Dia, acentua a preocupação com as gerações futuras.
"Sabemos que em breve haverá esta grande cimeira em Glasgow e queremos que ouçam as reivindicações das mulheres que estão empenhadas e que lutam contra a injustiça climática". Sabemos que estamos todas empenhadas, que temos todas o mesmo planeta. Porque é que os outros não param de poluir o nosso continente? Não queremos mais esta poluição. Já não temos lençóis freáticos. No interior do país, os animais morrem por falta de água ou o solo está envenenado. Não podemos continuar a fazer agricultura. Como é que vamos desenvolver-nos"? Pergunta.
O continente africano carrega o fardo mais pesado dos efeitos das alterações climáticas, apesar de contribuir com menos de 5% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa. A África Oriental sente já a crise alimentar provocada pela seca.
No outro extremo estão os países industrializados - nomeadamente China, EUA, Índia, Rússia e Japão - que encabeçam a lista na emissão de gases com efeito de estufa, especialmente dióxido de carbono.