Arquitetos, cientistas ou especialistas de Marketing estão a aprender técnicas militares caso Moscovo invada a antiga república soviética
A Ucrânia está a treinar civis em caso de ataque da Rússia. O Kremlin nega querer invadir antiga República Soviética.
Arquitetos ou cientistas aprendem técnicas militares para estar na linha da frente de uma guerra, caso o conflito Rússia-Ucrânia ganhe novos contornos.
A Rússia, que esteve durante um mês a fazer exercícios militares nas fronteiras, nega querer invadir o país vizinho. Os recém soldados estão céticos.
Maryana Zhyglo, especialista em Marketing, está no campo de treino para ir para a guerra, se necessário. Maryana acredita que possa haver um novo ataque mas diz esperar "não utilizar" o que está a aprender.
Denys Semyrog-Orlyk, soldado na reserva, também está nos treinos militares. Com experiência no exército, acredita que a Ucrânia só terá "paz" quando responder à Rússia "como merecem". "Se não resistirmos, esta invasão continuará durante muito tempo.", diz.
A desconfiança de um possível ataque vindo da Rússia começa depois do Kremlin ter iniciado exercícios militares perto das fronteiras com os vizinhos, incluindo com a Ucrânia. Segundo Kiev, o exército russo foi reforçado com 20 mil soldados. Os militares russos junto às fronteiras terão passado de 93 mil para mais de 100 mil.
Os países do ocidente acusaram a Rússia de estar a preparar um ataque. Putin negou e prometeu uma resposta "apropriada" às acusações e à "postura agressiva" da Ucrânia.
Na Rússia, os jovens não acreditam num novo capítulo nesta guerra.
Diana Shilova, residente em São Petersburgo, chama a guerra de "perda de tempo insana" e acredita que "os jovens que defendem a paz são cada vez mais e o conflito vai passar.".
Vários estudos mostram que a maioria dos russos acredita que o conflito com a Ucrânia é causado pelos EUA e pela NATO. Apenas 4% põe a culpa na Rússia.