Josep Borrell visita linha da frente da tensão entre Kiev e Moscovo

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Chefe da diplomacia europeia desloca-se durante dois dias à Ucrânia num sinal claro de apoio ao país, confrontado com o reforço da presença militar russa junto à fronteira entre os dois territórios

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Confrontados com a ameaça persistente das atividades militares russas junto à fronteira com a Ucrânia, os soldados ao serviço de Kiev mantêm-se em alerta máximo.

O chefe da diplomacia europeia partiu, esta terça-feira, para uma visita de dois dias à Ucrânia, que contempla a passagem pelo leste país - na linha da frente da crise - onde separatistas pró-russos medem forças com as autoridades ucranianas.

Com esta deslocação, a primeira do ano, Josep Borrell mostra um sinal de apoio a Kiev e à integridade territorial da Ucrânia, dizem os especialistas.

"Esta é uma crise europeia e a solução é europeia. Nesse sentido, é bastante importante que o chefe da diplomacia europeia tenha dedicado a primeira viagem do ano a Kiev e à linha da frente", sublinhou, em entrevista à Euronews, Cyrille Bret, do Instituto Jacques Delors.

Na semana passada, Borrell lamentou que a União Europeia não tenha assento à mesa das negociações, numa altura em que EUA e Rússia se preparam para uma nova ronda de conversas de alto nível no próximo domingo, com o intuito de promover a diminuição das tensões entre as partes.

O chefe da diplomacia europeia ressalvou igualmente que "qualquer discussão sobre a segurança europeia deve acontecer em coordenação e com a participação da União Europeia."

Mas nem Washington nem Moscovo parecem estar interessados em envolver Bruxelas neste assunto.

O presidente russo, Vladimir Putin, quer garantias de que a NATO não aceitará nenhum novo membro a leste, especialmente a Ucrânia.

Para conseguir tais garantias, Putin precisa do homólogo americano, Joe Biden, mas não se adivinha fácil.

"Fundamentalmente, acredito que as negociações vão falhar, porque as premissas estabelecidas pelo governo russo são totalmente inaceitáveis e basicamente equivalem a um ultimato", referiu Jacob Kirkegaard, do think tank German Marshall Fund.

Se o diálogo entre Joe Biden e Vladimir Putin falhar, Washington contempla avançar com sanções contra a Rússia. Mas para que funcionem, precisa do apoio total dos europeus.

A Europa continua, no entanto, dividida sobre a melhor forma de lidar com a Rússia.

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