O perigo das bactérias resistentes

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Direitos de autor AP Photo/Mark Lennihan, File
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De  Euronews com EFE
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Resistência a antibióticos mata mais do que a sida ou a malária

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A resistência a antibióticos mata mais pessoas do que a sida ou a malária. Esta é a conclusão de um estudo publicado esta quinta-feira pela revista The Lancet.

Segundo o estudo, em 2019, mais de um milhão de pessoas morreram em todo o mundo por causa de infeções bacterianas comuns que se tornaram resistentes aos antibióticos. Os investigadores acreditam que outras cinco milhões de mortes podem estar associadas a estas infeções, mesmo que não tinham sido a causa direta dos óbitos.

Para Ramanan Laxminarayan, professor no Centro de Dinâmica, Economia e Política de Doenças, em Washington, é preciso prevenir infeções, em primeiro lugar, através da vacinação. A segunda etapa, diz, é utilizar os antibióticos de forma sensata, já que 70% dos antibióticos são utilizados na alimentação dos animais. Segundo este investigador, a terceira fase é desenvolver novos antibióticos, porque há muito poucos em teste e as bactérias estão sempre à procura de uma forma de se tornarem resistentes.

Para este estudo, foram analisadas mortes ligadas a 23 agentes patogénicos e 88 combinações de medicamentos, em cerca de 200 países.

Segundo os autores, a resistência aos antibióticos em bactérias que causam infeções tais como pneumonia ou infeções intra-abdominais (por exemplo, a apendicite) causa agora mais mortes anualmente do que a sida e a malária, com 860.000 e 640.000 casos notificados para estas doenças em 2019, respetivamente.

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