Governo alemão revê crescimento económico em baixa devido à Ómicron

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Persistência da Covid-19 isola trabalhadores e ainda afeta cadeias de abastecimento. Até o FMI se juntou ao Ministério da Economia alemão na cautela

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O governo alemão baixou esta quarta-feira as expetativas de crescimento económico para 2022 devido à propagação da Ómicron, a mais recente variante de preocupação do SARS-CoV-2, causa da Covid-19.

O aumento de infeções e os consequentes isolamentos entre a mão de obra abrandam agora a chamada locomotiva da Europa, já afetada pela dificuldade de fornecimento sentida nas cadeias de abastecimento desde 2020.

"Claramente, isto acontece por a pandemia de Covid-19 nos ter bloqueado com diferentes mutações mais do que o desejado e previsto no outono. Mas isso não significa, nem deve ofuscar, o facto de que a economia alemã como um todo é muito robusta e o mercado de trabalho é estável", afirmou o novo ministro da Economia da Alemanha.

De acordo com os novos dados, o governo baixou a expetativas de crescimento deste ano dos 4,1% anteriores para os 3,6%, depois do impacto negativo de 2020 (-4,6%), o ano em que a Covid-19 parou o mundo, e da aparente lenta retoma do ano passado, com os principais mercados a tentarem forçar a recuperação perante diversas vagas de Covid-19 a afetarem os fornecedores, por exemplo, na Ásia.

O ministro Robert Habeck aproveitou a revisão para avisar as empresas germânicas da necessidade de terem de aprender a conviver com a Covid-19 e com as quebras no abastecimento que se vão mantendo devido à pandemia e que afetaram sobretudo a indústria automóvel, um dos principais motores da exportação germânica, obrigado a cortar na produção.

O Fundo Monetário Internacional também acabou por rever em baixa as previsões deste novo ano para a Alemanha perante a persistência do SARS-CoV-2, reforçado pela rápida e mais resistente progressão da Ómicron.

O FMI acrescenta aos receios também o escalar da tensão entre a NATO e a Rússia devido à Ucrânia. O fundo mundial teme um impacto negativo nos custos da energia, com reflexo na produção e consequência esperada no prolongamento da alta inflação.

Depois da queda sofrida no último trimestre de 2021, há já quem receie uma recessão técnica (dois trimestres seguidos em queda), mas algumas recentes estimativas sugerem uma retoma já em janeiro e isso está a dar alguma confiança para uma revisão em alta do segundo semestre do ano.

O FMI reforça as esperanças para uma melhoria para lá de junho suportada também nas poupanças das famílias alemãs.

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