O drama dos refugiados na fronteira polaca

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De  Monica Pinna
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Reportagem da Euronews na cidade que se tornou a principal "placa giratória" de refugiados ucranianos.

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Os sacos são leves, mas o fardo é pesado: Assim chegam os refugiados ucranianos à Polónia. A saída da Ucrânia significa a segurança, mas também a tristeza por tudo o que deixaram para trás.

Um dos principais pontos de chegada é Przemyśl, uma cidade polaca junto à fronteira. Vemos muitas mulheres e crianças, os homens ficaram a combater.

"Quero voltar para casa. Quero ir para o meu apartamento em Kiev. Vejam o que Putin está a fazer com as pessoas. Pode acontecer a qualquer um", diz Liuba, uma destas mulheres.

Todos os caminhos vão dar aqui. Chegam pessoas de toda a Ucrânia, ao fim de viagens extenuantes. Alina é dentista, de Zaporizhzha, e acaba de aprender que a central nuclear da sua cidade foi bombardeada.

Conta: "Perdi a minha casa, a minha vida, o meu trabalho. Tive de fugir do meu país por causa daquele louco. Não sei o que é que ele quer".

Os refugiados esperam ao frio. Para muitos, a Polónia é apenas uma escala para outros destinos.

"Ninguém estava à espera disto. Aconteceu tudo tão depressa... Pessoalmente, ainda não acredito. O mundo inteiro fala do que está a acontecer e mete medo pensar que algo assim é possível em pleno século XXI. Acredito nos nossos homens, naqueles que se voluntariam para defender. A Rússia luta com o exército, nós lutamos com o povo", diz Veronika, de 20 anos.

A Rússia luta com o exército, a Ucrânia luta com o povo.
Veronika
Refugiada ucraniana

Alguns passam horas à espera de um autocarro. Outros precisam de ficar. Este é um velho supermercado convertido em centro de acolhimento. Os refugiados chegam em permanência da fronteira de autocarro e esperam por outros autocarros que os levem para outros locais ou passam a noite aqui.

Só nos primeiros dez dias de guerra, 700,000 refugiados passaram a fronteira para a Polónia. As autoridades estão a tentar adaptar-se ao êxodo dos ucranianos. Este centro de acolhimento foi aberto em poucos dias. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a escalada do conflito pode elevar o número de refugiados até aos quatro milhões.

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