Macedónia do Norte entre o apoio à Ucrânia invadida e a frustração pela promessa não cumprida de iniciar processo de adesão à União Europeia.
Aleksandar Urbanovich é ucraniano mas vive na Macedónia do Norte. Indignado e chocado com os acontecimentos na sua terra natal organizou, na semana passada, um protesto no centro de Skopje, a capital do país que o acolhe, e está agora focado na entrega de ajuda humanitária à Ucrânia. Mas o país onde vive está dividido no que diz respeito a à invasão russa.
E a divisão é visível nas redes sociais com a troca de galhardetes entre aqueles que apoiam os países ocidentais e os que estão do lado russo. O Instituto para a Democracia "Societas Civilis", em Skopje, realizou um estudo de opinião no qual se concluiu que cerca de 45% dos macedónios gostariam que o seu país aderisse à União Eurasiática, liderada por Moscovo.
O apoio pode ter sido alimentado pelos entraves que a Macedónia do Norte tem encontrado nas suas tentativas de iniciar negociações de adesão àUnião Europeia, desde 2005. Ainda que, em 2018 a Comissão Europeia tenha recomendado o início das negociações para que o país possa integrar, eventualmente, a UE.
Marko Troshanovski, diretor deste organismo, explicava que "por um lado, este apoio pode ser explicado pela projeção das frustrações coletivas resultantes da falta de resposta em relação ao processo de alargamento.
Um correspondente da euronews no país, Borjan Jovanovski, referia que um número cada vez menor de cidadãos da Macedónia do Norte ainda acredita na possibilidade do seu país iniciar negociações de adesão ao bloco forte europeu.