O drama é maior para a população das aldeias. Além de destruir as casas, o cliclone devastou os campos agrícolas dos quais depende a alimentação dos locais.
O ciclone Gombe matou pelo menos 11 pessoas no norte de Moçambique e deixou um rasto de destruição nas províncias de Nampula e Zambézia: Se a cidade de Nampula ficou com várias ruas intransitáveis, o castigo é maior ainda para a população de aldeias como Corrane. Os acessos ficaram cortados, as casas, de construção artesanal, destruídas, e os campos agrícolas, ou machambas, de onde depende a alimentação dos locais, ficaram inutilizados.
Anastácio Viagem, secretário de bairro em Corrane, conta: "Claro que há dificuldades, há muitas dificuldades. Em primeiro lugar, não se consegue passar para entrar na machamba. Mas consta também que já não há machamba. Há devastação. O milho e todos os produtos alimentares que esta população tinha ficaram devastados.
As casas e campos agrícolas não resistiram aos ventos que chegaram aos 200 quilómetros por hora nem às chuvas torrenciais. Em poucas horas, caiu uma precipitação equivalente a várias semanas. A Organização Internacional das Migrações (OIM) estima que 115 mil pessoas tenham sido afetadas.