Guerra na Ucrânia: impacto nas presidenciais francesas

A realidade de uma guerra no coração da Europa abalou sériamente a campanha eleitoral para as presidenciais francesas deste ano, criando uma situação sem precedentes num momento chave da vida política francesa.
A invasão da Ucrânia ocorreu apenas um mês e meio antes da primeira volta das eleições e, segundo o diretor do Instituto francês de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS), Pascal Boniface, a guerra está a favorecer o atual presidente, Emmanuel Macron.
Apesar de a maioria dos franceses dizer estar muito preocupada com a guerra, de acordo com uma sondagem de opinião do Instituto Françês de Pesquisas Internacionais de Mercado (IFOP), mais de 6 em cada 10 eleitores dizem que a guerra não afetará a sua intenção de voto na primeira volta.
O certo é que o contexto político internacional têm ocupado mais espaço do que o habitual nos debates da presente campanha.
Mas à medida que as eleições se aproximam, a guerra continua e os efeitos económicos começam a fazer sentir-se. O conflito exacerbou a preocupação dos franceses com o poder de compra, principalmente após o aumento do preço da energia.
Apesar de se temer um nível recorde de abstenção nas eleições do dia 10 de abril, segundo Pascal Boniface, a guerra na Ucrânia poderá alterar este cenário.
A primeira volta das presidenciais terá lugar no dia 10 de Abril e a segunda volta será a 24 de Abril.