Primeiro-ministro do Paquistão derrubado por moção de censura

Imran Khan, primeiro-ministro demitido, do Paquistão
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Imran Khan não resistiu à moção de censura votada no parlamento. A oposição ao governo conseguiu 174 votos para demitir o primeiro-ministro

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Imran Khan perdeu o cargo de primeiro-ministro do Paquistão, após a aprovação de uma moção de censura no parlamento, votada já durante a noite, com o governo a fazer tudo para manter o primeiro-ministro, sem sucesso.

Imran Khan tentou dissolver o parlamento e convocar novas eleições, mas foi impedido pelo supremo tribunal, que considerou esta solução ilegal e determinou o voto da moção de censura no parlamento.

A oposição precisava de 172 votos e conseguiu 174.

Um cidadão paquistanês, entre os muitos que se concentaram frente ao parlamento diz que se reuniram para celebrar a vitória da democracia porque Khan "fez falsas promessas", "enganou o povo com falsas promessas" e que agora chegou a vez de sair e "deve e sair a correr".

Khan diz-se vítima de uma conspiração envolvendo os Estados Unidos para o tirar do poder e pede aos apoiantes para sairem às ruas.

Nusrat Wahid, uma deputada apoiante do primeiro-ministro demitido diz que ele, Imran Khan, "chegou e disse basta e as coisas terminaram". Diz que estavam mentalmente preparados para isso, mas agora estão preocupados, acrescentando que "ele queria levar a nação para cima e, nesse aspeto, não há ninguém que possa competir com ele".

Nunca nenhum primeiro-ministro completou o mandato no Paquistão, mas também nunca nenhum foi demitido assim.

Para além da grave crise económica e social, o país fica também mergulhado numa profunda crise política, sem indicação de quando poderá haver novas eleições.

Não ficou imediatamente claro quando será escolhido um novo primeiro-ministro, mas o chefe Shehbaz Sharif da Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N) tinha quase a certeza de ser escolhido para liderar provisoriamente a nação. 

O Paquistão é uma potência nuclear com 220 milhões de pessoas, de maioria muçulmana.

Publicamente, os militares parecem manter-se fora das atuais disputas políticas, num país que já sofreu quatro golpes militares desde a independência em 1947 e que passou mais de três décadas sob o domínio do exército.

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