A quatro dias da segunda volta da eleição presidencial em França, os candidatos, Emmanuel Macron e Marine Le Pen, encontram-se para o gande debate
A França vive a reta final da corrida à presidência, mais dividida do que nunca.
Emmanuel Macron e Marine Le Pen dão o tudo por tudo na campanha eleitoral da segunda volta, cujo ponto alto é esperado esta quarta-feira, com o debate que vai por em confronto as propostas da candidata da extrema-direita, que tenta pela terceira vez ser eleita, e o presidente, que tenta ser reeleito.
Marine Le Pen não tem boas memórias do último frente-a-frente com Macron. Questionada sobre a importância deste debate, diz-se serena e afirma: "Se este é um momento que nos permitirá debater os nossos projetos, e também evocar os resultados do seu mandato, sim, será um momento fundamental da campanha.
O que mais mobiliza os franceses é o poder de compra e o que mais os dececiona são os projetos dos candidatos na luta contra as alterações climáticas. O presidente cessante é criticado pelo que não fez; a candidata da extrema-direita pelo que não tenciona fazer. Le Pen nega o ceticismo climático
"Nunca estive cética em relação ao clima. Tenho um projeto que tem precisamente em conta o ambiente, tem em conta a ecologia", diz.
Emmanuel Macron, que presta contas sobre os últimos cinco anos de presidência, dedicou quase todo o comício de Marselha à ecologia e alterações climáticas.
"Protegemos mais a biodiversidade e reduzimos as nossas emissões de gases com efeito de estufa em 12% em cinco anos. Temos sido duas vezes mais rápidos do que as duas presidências anteriores", disse.
São os últimos esforços num combate cujo desfecho é crucial não só para os franceses, mas também os europeus.