Rússia reforça presença nas cidades ocupadas

Rússia reforça presença no leste da Ucrânia
Rússia reforça presença no leste da Ucrânia Direitos de autor ANDREY BORODULIN/AFP or licensors
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A cidade portuária de Berdyansk foi tomada pelas forças russas poucos dias depois do início da invasão. Administração local agora controlada pela Rússia organizou uma visita com jornalistas ocidentais.

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A cidade portuária de Berdyansk, no sul da Ucrânia, foi tomada pelas forças russas poucos dias depois do início da invasão da Ucrânia em finais de fevereiro.

De acordo com o Kremlin, praticamente não enfrentou qualquer resistência. A administração local agora controlada pela Rússia organizou uma visita de imprensa para jornalistas ocidentais.

Controlar este território é um objetivo estratégico que pretende estabelecer uma ligação por terra até à Crimeia.

"Não houve combates em Berdyansk pelo que toda a infra-estrutura da cidade foi preservada. Neste momento, encontra-se aqui a Administração Civil-Militar. Encontramo-nos numa fase de transição, da Ucrânia para a Rússia", afirma Alexander Saulenko, o novo chefe da administração pró-Rússia em Berdyansk.

Situação idêntica na cidade de Melitopol igualmente sob controlo das forças russas.

Moscovo já controla a administração local que se esforça por criar uma aparência de normalidade.

"Todas as tropas ucranianas abandonaram a cidade. Só ficou a polícia para guardar a cidade, e é só isso. E se as tropas tivessem ficado, teria sido como Mariupol", afirma Svetlana Klimova, antiga funcionária num posto de abastecimento de combustível.

Receio que a Terceira Guerra Mundial esteja prestes a começar
Olga Chernenko
Refugiada ucraniana de Mariupol

Antigo trabalhador portuário, Valery Berdnik, adianta "esperei pelos russos todos os dias. Quando soube (da chegada dos russos), fiquei tão feliz que tinha lágrimas nos olhos". 

Olga Chernenko é uma refugiada oriunda de Mariupol, ela manifesta sentir medo pelo que pode vir.

"Receio que a Terceira Guerra Mundial esteja prestes a começar. Porque se forem fornecidas armas à Ucrânia, a Rússia retaliará com ataques, e quem sabe como isto pode acabar, é muito assustador", afirma.

Apesar dos esforços para um rápido regresso à normalidade, a situação está longe de gerar um consenso alargado. No terreno, as opiniões permanecem divididas.

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