O exército russo diz que se renderam 1730 soldados ucranianos na siderurgia Azovstal, em Mariupol, desde o início da semana
Os combatentes ucranianos continuam a sair da Azovstal e entregar-se às forças russas.
Segundo o exército russo, 1.730 soldados ucranianos, muitos deles do Batalhão Azov, renderam-se desde o início da semana.
A Cruz Vermelha Internacional está a registar os seus nomes na esperança de que sejam considerados prisioneiros de guerra e não terroristas, tal como têm vindo a ser definidos por Moscovo.
Pelo menos oitenta destes homens, que estiveram entrincheirados nos corredores da siderurgia durante semanas, estão feridos. Alguns estão a ser hospitalizados em áreas controladas pelas forças russas.
A queda final da siderurgia Azovstal, símbolo da resistência ucraniana, vai permitir à Rússia enviar mais forças para a região do Donbass, onde se concentra agora quase todo o esforço de guerra.
O Donbass é o objetivo principal, mas não o único. As tropas russas continuam a controlar a central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, e o governo russo não parece disposto a abandoná-la.
O vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, diz que esta região poderia também juntar-se à "família russa" e que "a Ucrânia poderá continuar a receber eletricidade, desde que pague por ela".
Mas os soldados ucranianos não se dão por vencidos e tentam repelir os avanços das tropas russas nas linhas da frente. Alguns afirmam que dentro de alguns meses, terão expulsado o inimigo da central elétrica.
Severodonetsk e Lyssychansk são as últimas bolsas da resistência ucraniana na região de Luhansk. Os russos rodeiam agora estas duas cidades, separadas apenas por um rio e bombardeiam-nas incansavelmente para esgotar a resistência e impedir a chegada de reforços.
Enquanto os combates prosseguem no terreno, os líderes do G7 tentam, esta quinta e sexta-feira, encontrar soluções financeiras para ajudar a Ucrânia no esforço imediato da guerra e na reconstrução futura.