Apesar de Vladimir Putin negar, Rússia está a assistir uma "deterioração" da economia em vários sectores, diz analista
Há 3 meses, a Rússia invadia a Ucrânia. Os impactos económicos do conflito, que teve início a 24 de fevereiro, sentem-se não só na Ucrânia, mas também no país invasor.
A gigante de fast food americana, Mac Donald's, por exemplo, já anunciou que vai sair do mercado russo e vender os seus negócios no país, uma decisão que foi adotada depois também pela Starbucks e por várias outras empresas.
Só nos primeiros dias da operação militar, o rublo russo perdeu cerca de metade do seu valor. Hoje, os centros comerciais de Moscovo estão agora praticamente vazios, após várias lojas terem encerrado.
O analista económico Chris Weafer salientou, em entrevista à AP, que existem várias lojas de marcas ocidentais que fecharam as portas e aguardam para ver o que acontece a seguir no país, tendo em conta a evolução da guerra.
Na Rússia, também o grupo Renault suspendeu as suas atividades, decisão vista com bons olhos por Kiev. A degradação da economia russa é visível dia após dia, apesar de Vladimir Putin não o admitir.
O mesmo analista explicou ainda que muitas empresas colocaram os seus trabalhadores a tempo parcial e outras estão a avisá-los de que têm de encerrar totalmente as suas atividades. Segundo Chris Weafer, "há um medo real" de que o desemprego aumente nos meses de verão e de que exista uma quebra no consumo e nas vendas a retalho e nos investimentos.
Na Rússia, as sanções económicas dos países ocidentais começam também a sentir-se, por exemplo, no preço da cesta básica alimentar, em que se inclui o pão. Os preços dos bens essenciais não param de subir.