Ucranianos em zonas libertadas tentam regressar ao normal

Destruição em Borodianka, nos arredores de Kiev
Destruição em Borodianka, nos arredores de Kiev Direitos de autor SERGEI SUPINSKY/AFP or licensors
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Primeira Dama da Ucrânia pediu à OMS assistência psicopsicológica para as vítimas da guerra

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No mercado de Bucha, muitas lojas continuam fechadas, mas a progressiva reabertura de comércios marca o desejo de um regresso à normalidade na cidade ucraniana que se tornou sinónimo de crimes de guerra atribuídos às forças russas.

Valeriya Bilyk, talhante:"As lojas estão a abrir aos poucos e voltamos a ver pessoas com os filhos e os cães. É como antes, a cidade revive. Só vejo aqui, mas acho que Bucha está a mudar. As estradas estão a ser reparadas aos poucos e tudo parece voltar à vida e isso deixa-nos muito contentes. Por isso, se não olharmos para as ruínas, estamos praticamente recuperados disto tudo."

Olena Khokhlova, cliente:"Ao início foi um choque, mas depois percebemos que é a nossa realidade, que é preciso mudar as nossas vidas e continuar a viver."

Dmytro Khokhlova, cliente:"A vida continua, seja que vida for."

Olena Khokhlova, cliente:"Sim, porque se não aceitamos, ficamos loucos."

Dmytro Khokhlova, cliente:"É verdade..."

Enquanto se intensificam os combates no leste do país, na cidade de Kharkiv, perto da fronteira com a Rússia, muitos residentes decidiram regressar, depois do Exército ucraniano ter repelido as forças russas.

Aleksandr Vandenko, residente de Kharkiv:"De momento, não temos nada, nem emprego, nem dinheiro. Mas vamos encontrar algo, talvez a trabalhar no jardim ou a reparar buracos. Encontraremos alguma solução."

A Primeira Dama da Ucrânia, Olena Zelenska, dirigiu uma mensagem diretamente à Organização Mundial da Saúde, para que colabore nos esforços para lidar com problemas mentais duradouros que podem resultar da guerra que se arrasta já há três meses.

Olena Zelenska, Primeira Dama da Ucrânia:"Contamos com o vosso apoio para construir o melhor serviço de assistência psicológica do mundo. Sim, temos essa ambição e queremos fazê-lo rapidamente para que, lado a lado com a vitória na guerra, também conquistemos a vitória contra a dor, choque e stress dos nossos cidadãos."

Nos arredores de Kiev, Borodianka é a imagem dos efeitos nefastos da guerra. Por toda a cidade há rastos de destruição e, entre os residentes, multiplicam-se os relatos de perda e tragédia.

Nadya Orikhovska, residente de Borodianka:"Estava ali um franco-atirador e o meu filho vinha deste lado, ía para o abrigo quando foi alvejado na cabeça, por detrás."

Entre a devastação, Nadya e os outros residentes de Borodianka esperam agora pela ajuda humanitária que tarda em chegar para tentar relançar uma vida normal.

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