Rússia pede fim de sanções para evitar crise alimentar

Presidente russo visitou soldados feridos na Ucrânia
Presidente russo visitou soldados feridos na Ucrânia Direitos de autor Mikhail Metzel/Sputnik
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano fala de "uma chantagem para o mundo"

PUBLICIDADE

Pela primeira vez desde o início da guerra, o presidente russo visitou soldados feridos na Ucrânia, acompanhado pelo ministro da Defesa. A Rússia não torna público o número de baixas no conflito desde o dia 25 de março. Nesse dia confirmou 1351 militares mortos e 3825 feridos. Segundo o ministério da Defesa do Reino Unido, os números reais podem ser 11 vezes superiores (cerca de 15000 mortos).

O número de baixas pode acelerar os planos de Moscovo sobre o domínio das áreas ocupadas, onde instituiu o rublo e está a impor passaportes russos à população. O governo ucraniano denuncia uma "violação flagrante" da sua integridade territorial.

Kiev também acusa a Rússia de usar a fome como arma de guerra. O bloqueio da Rússia aos navios carregados com cereais ucranianos, no Mar Negro, agravou a crise alimentar causada pela pandemia. Londres apelou a Moscovo para "parar de roubar" cereais e libertar os portos ucranianos para evitar a fome. A Rússia está disponível para libertar os portos em troca do levantamento das sanções impostas pelo ocidente. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano fala de "uma chantagem para o mundo".

O fim das exportações de trigo e de outros cereais da Ucrânia está a gerar uma crise alimentar nos países mais pobres. Segundo a ONU, só no Afeganistão, mais de um milhão de crianças com menos de cinco anos vão sofrer este ano de uma forma grave de subnutrição.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Alemanha aumenta exportações para a Rússia

UE quer usar os bens russos para a reconstrução da Ucrânia

Ucranianos em zonas libertadas tentam regressar ao normal