Primeira-ministra Ingrida Šimonytė diz estar apenas a aplicar as sanções internacionais à Rússia
Kalininegrado é o pequeno enclave russo no Mar Báltico na origem do mais recente braço-de-ferro entre a Rússia e a União Europeia. Moscovo ameaça retaliar contra a Lituânia se não forem levantadas as sanções que implicam a restrição do tráfego ferroviário de e para este território russo, o que impede a entrega de algumas mercadorias.
Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, reagiu da seguinte forma: "A Rússia vai responder a estas ações hostis. As medidas necessárias estão a ser estudadas e serão adotadas em breve. Haverá consequências com um impacto significativo na população da Lituânia"
As autoridades lituanas negam que esteja em curso um bloqueio de Kalininegrado. A primeira-ministra Ingrida Šimonytė diz que estão apenas a ser aplicadas as sanções internacionais: "A Lituânia não está a causar nenhuma escalada, mas há sanções que têm de ser implementadas. É irónico a Rússia vir falar em violação dos tratados internacionais, quando não há, talvez, nenhum tratado internacional que eles não tenham violado", disse a chefe do governo lituano.
As sanções aplicam-se à ferrovia que liga Moscovo ao enclave e passa pelos territórios da Bielorrússia e da Lituânia. Assim, os comboios que passam nesta via férrea estão impedidos de passar a fronteira entre estes dois países.
A entrega de mercadorias a Kalininegrado pode continuar a fazer-se por mar ou por terra, desde que não façam parte da lista de produtos afetados pelas sanções impostas à Rússia pela União Europeia, na sequência da guerra na Ucrânia.