G7 condena ataque a centro comercial, Moscovo diz que atacou hangar

O apoio do G7 à Ucrânia, prometido uma vez mais no conforto de uma estância de luxo nos Alpes, tem-se revelado insuficiente para travar a ofensiva russa e mudar a situação de quem sofre no terreno.
Pouco depois de Volodymyr Zelenskyy se dirigir aos líderes das superpotências económicas presentes na cimeira, as autoridades ucranianas davam conta de um ataque russo a um centro comercial na cidade de Kremenchuk, no centro do país.
A condenação foi pronta e unânime, a nova ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, denunciou as violações da lei humanitária internacional e pediu que a Rússia fosse responsabilizada por isso.
Já a diplomacia norte-americana disse que o mundo estava horrorizado por este ataque, o mais recente na lista de atrocidades cometidas por Moscovo.
Entre os presentes na cimeira, Boris Johnson, que desde o início da guerra tem sido um dos mais ativos nas críticas ao Kremlin, referiu que o ataque mostrava "a que ponto Vladimir Putin conseguia ser cruel e bárbaro".
Para o anfitrião da reunião, Olaf Scholz, "a guerra desfere um golpe profundo nas relações internacionais" e o ataque da Rússia representa um ponto de viragem uma vez que "todos os acordos internacionais para a cooperação de Estados foram quebrados, especialmente o entendimento de que as fronteiras não devem ser movidas à força."
De acordo com os números mais recentes das autoridades ucranianas, o ataque ao centro comercial, onde se estimava que estivesse cerca de um milhar de pessoas, provocou 20 mortes.
A Rússia já admitiu ter efetuado um ataque mas garante que o alvo foi um hangar e que foi a detonação das armas ocidentais aí armazenadas que provocou um incêndio num centro comercial que estava encerrado.