Falta de pessoal nos aeroportos leva a atrasos e cancelamentos em Budapeste, Reino unido vive uma crise sem precedentes.
Depois de dois anos de crise no setor aéreo, devido à pandemia de Covid-19, que impediu milhões de pessoas de viajar, vivem-se novos desafios. No Aeroporto Internacional de Budapeste o número de voos com mais de uma hora de atraso duplicou e os cancelamentos sucedem-se.
Muitos funcionários deixaram o setor quando não havia trabalho. Agora, não há pessoal suficiente para a procura.A diretora de comunicação da referida infraestrutura, Katalin Valentínyi, explicava que o pessoal de terra, e as empresas de assistência, trabalham em conjunto com as companhias aéreas. Fazem o check-in o embarque, ocupam-se das bagagens e a escassez de mão-de-obra é enorme, na Hungria, mas especialmente a nível internacional.
Os aeroportos londrinos são dos mais afetados pela falta de pessoal. O diretor executivo da Ryanair responsabilizava o Brexit, a que chamava de "política estúpida". Tudo porque já não é possível recrutar "jovens europeus para trabalhos que os britânicos não querem fazer". Por esse motivo, acredita Michael O'Leary, os aeroportos do país continuarão a ter pouco pessoal, o que se reflete em atrasos no controlo do tráfego aéreo e nos aeroportos.
A nível mundial, há menos 2,3 milhões de pessoas a trabalhar neste setor, em comparação com 2019. A Lufthansa, por exemplo, cancelou até agora mais de 3.000 voos previstos para julho e agosto devido à falta de pessoal.
Em Paris, e após garantidos aumentos salariais, os funcionários dos aeroportos levantaram o pré- aviso para mais uma greve, prevista para este fim de semana.