Kremlin garante que se tratou de um ataque de alta precisão a uma base de mercenários estrangeiros
O número de mortes no ataque a um bairro residencial de Kharkiv subiu para 17. De acordo com o governador da região, foram retirados sete corpos dos escombros durante os trabalhos de resgate. Oleh Synehubov classificou o ato de terrorista e acrescentou que tinha provocado mais de 40 feridos.
Já o autarca local, Ihor Terekhov, sublinha que se tratou de um dos dias mais difíceis para a cidade desde o início da guerra, com a morte de várias pessoas nas suas próprias casas, incluindo crianças, e informou que esta sexta-feira seria declarado dia de luto em Kharkiv.
A versão apresentada pelos russos é radicalmente diferente. Para o Ministério da Defesa tratou-se de um ataque de alta precisão a uma base de mercenários estrangeiros que destruiu 90 militantes. As autoridades ucranianas esclarecem que não há militares entre as vítimas.
No início do mês, a Amnistia Internacional tinha acusado a Ucrânia de colocar civis em perigo ao estabelecer bases militares em áreas residenciais, Kiev negou.
Na Rússia, duas aldeias junto à fronteira tiveram de ser evacuadas depois de se registar um incêndio num depósito de armas. Um cenário semelhante ao ocorrido no início da semana na Crimeia e que foi descrito por Moscovo como um ato de sabotagem da Ucrânia.
No Báltico volta a crescer a tensão, com o Kremlin anunciar o envio de caças armados com mísseis hipersónicos de última geração para Kaliningrado. Em junho, a relação entre Lituânia e Rússia azedou depois de Vilnius bloquear o acesso de bens por via terrestre ao enclave russo.