É uma exceção à regra dos discursos presenciais. Rússia rejeitou participação do presidente ucraniano
Apesar da recusa da Rússia, a próxima sessão de alto nível da Organização das Nações Unidas vai contar com um discurso pré-gravado de Volodymyr Zelenskyy.
Esta sexta-feira, o presidente ucraniano voltou a acusar a Rússia de "assassínios" e "torturas", depois da descoberta de centenas de cadáveres enterrados numa vala comum perto de Izyum. Numa declaração divulgada nas redes sociais, Zelenskyy disse que o mundo deve ver o que o exército russo deixou para trás. “Crianças e adultos. Civis e militares - torturados, alvejados, mortos por bombardeamentos. Famílias inteiras enterradas”. Para o presidente, “hoje há provas de outras atrocidades cometidas durante a ocupação russa”.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, falou em “atrocidades” cometidas perto de Izyum e reiterou o apoio do bloco à luta da Ucrânia.
Os Estados Unidos assumiram a mesma posição. Segundo o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, foram identificados mais de 440 corpos, incluindo civis, uma situação “horrível e repugnante, que está de acordo com o tipo de depravação e brutalidade com que as forças russas têm processado a guerra contra a Ucrânia e o povo ucraniano”.
A descoberta da vala comum perto da cidade de Izyum lembrou os massacres de Bucha. Muitos dos corpos têm as mãos atadas, e muitos outros mostram sinais de tortura.
As autoridades ucranianas ainda estão a trabalhar para identificar todas as vítimas.