União Europeia e Marrocos unidas no combate às alterações climáticas

A União Europeia e Marrocos firmaram, na terça-feira, em Rabat uma "parceria verde". O país está a passar por um período de seca sem precedentes, motivo mais do que válido para tentar avançar, ao lado do bloco forte europeu, no combate às alterações climáticas.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, frisava que é preciso caminhar para um crescimento sustentável, que reflita os desafios de hoje, e que os destinos da Europa e de África estão ligados. Menção à crise energética causada pela invasão russa da Ucrânia e no papel que a Argélia, rica em hidrocarbonetos, pode desempenhar.
Parceria verde
O projeto, que faz parte da implementação do Acordo de Paris, tinha sido lançado em junho de 2021 em Bruxelas. Com ele - e Marrocos é o principal parceiro económico da UE no continente africano - pretende-se reforçar a cooperação em matéria de energia, a luta contra as alterações climáticas, a proteção do ambiente e estimular a chamada "economia verde", nomeadamente através da mobilização do setor privado.
No memorando, assinado na terça-feira, lia-se que ele "visa promover a transição para uma indústria descarbonizada através do investimento em tecnologia verde, produção de energia renovável, mobilidade sustentável e produção limpa na indústria".
Em 2009, Marrocos adotou uma estratégia energética baseada, sobretudo, em energias renováveis para aumentar a produção de eletricidade, para mais de 52% em 2030, atualmente está nos 20 por cento.