Visita do chanceler alemão a Pequim motivou um coro de críticas em Berlim
China e Alemanha apostam no reforço dos laços económicos para superar "tempos de mudança e agitação". A expressão é de Xi Jinping e surge na sequência da visita de Olaf Scholz a Pequim, que motivou um coro de críticas em Berlim.
O chanceler da Alemanha defendeu a sua visita de um dia à capital chinesa, dizendo que em tempo de crise os encontros bilaterais ganham uma importância redobrada:
"Sublinhei junto dos meus anfitriões a importância que nós damos à necessidade de corrigir os desequilíbrios. Apoiamos as empresas alemãs e europeias que se tornaram mais abrangentes na sua cadeia de abastecimento e diversificaram o fornecimento de matérias-primas.
Também é importante deixar claro que medidas económicas contra países membros da União Europeia atingem todo o mercado interno da União Europeia e que sanções contra parlamentares europeus são inaceitáveis para nós."
Em relação à guerra na Ucrânia, Scholz pediu à China para usar a sua influência junto de Putin para terminar o conflito. Para o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o caminho para a paz passa pelo diálogo:
"Falámos acerca da situação na Ucrânia e ambos esperamos que esta crise possa terminar o mais rapidamente possível. A situação pode ser melhorada e o conflito não pode escalar. O nosso ponto de partida passa por promover negociações para a paz. Não queremos que a paz mundial e a estabilidade regional sejam afetadas e também não queremos ameaças à estabilidade das cadeias internacionais de fornecimento."
Olaf Scholz tornou-se no primeiro líder de um país do G7 a visitar a China desde o início da pandemia de covid-19. A visita surge pouco depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, ter visto o seu poder reforçado na sequência do 20.º Congresso do Partido Comunista chinês.