Nova vaga de ataques à Ucrânia. País às escuras após bombardeamentos da Rússia

Duas crianças olham para destroços dos bombardeamentos russos em Lviv, Ucrânia
Duas crianças olham para destroços dos bombardeamentos russos em Lviv, Ucrânia Direitos de autor Mykola Tys/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
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Odessa e Dnipro entre os alvos da Rússia. Ataques de terça-feira terão deixado milhões de ucranianos sem eletricidade. Kremlin mantém que os alvos de Moscovo são apenas militares.

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Uma nova vaga de bombardeamentos russos voltou a atingir a Ucrânia, esta quinta-feira. Pela primeira vez em semanas, os ataques tiveram como alvos a região de Odessa, no sul do país, e a cidade de Dnipro. Por todo o território, soaram sirenes de alerta para ataques aéreos.

Os bombardeamentos desta manhã ocorreram com as explosões de terça-feira ainda frescos na memória dos ucranianos.  Lviv lida agora com os destroços, depois de terem sido atingidas áreas civis e várias infraestruturas energéticas, mergulhando a cidade na escuridão. 

De acordo com o governador local, 95% do fornecimento foi restabelecido, mas os apagões programados continuam em vigor, deixando mais de dois terços dos moradores (70%) sem eletricidade.

O dia trouxe luz às ruas, mas os habitantes ainda lidam com o susto das explosões. Ludmyla tem dois filhos e recorda ainda com apreensão o dia dos bombardeamentos. 

"Ouvimos as duas explosões. A primeira aconteceu quando estávamos num abrigo e eu agarrei os meus filhos. A segunda explosão foi muito grande. A casa tremeu. Estava preocupada com isto poder estar a acontecer no nosso quintal, porque podíamos ouvir as explosões", conta.

Kiev classifica a ofensiva como a pior vaga de ataques de mísseis em nove meses de guerra.

Na capital, o bombardeamento matou pelo menos uma pessoa e deixou milhares de casas sem eletricidade. Duas centrais nucleares ucranianas foram também desativadas. No seu vídeo noturno, o presidente Volodymyr Zelenskyy escusou-se a revelar quais, mas fala em milhões de ucranianos sem acesso a energia em todo o país.

Com o inverno à porta, *a probabilidade de uma vitória militar ucraniana" é reduzida, admite o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA. De acordo com o general Mark Milley, é improvável que a Ucrânia recupere, "em breve", todo o território ocupado, incluindo a Crimeia.

Acusada de querer congelar a Ucrânia, a Rússia diz manter a mesma estratégia desde o início da intervenção. O ministério russo da Defesa recusa comentar os ataques a infraestruturas energéticas. De acordo com o Kremlin,"os objetivos não foram alterados e as instalações - direta ou indiretamente associadas às infraestruturas militares têm sido o alvo", afirmou o ministro da Defesa russo, Dmitry Peskov.

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