"Não há limites" ao financiamento do Exército russo, diz Putin

Mais prontidão de combate, armas mais modernas e um orçamento ilimitado para financiar o exército russo na na "operação militar especial" na Ucrânia.
Vladimir Putin quer estar a postos, para o que der e vier.O presidente russo reuniu-se, esta quarta-feira, com líderes militares para fazer um balanço das atividades das forças armadas e definir metas em relação ao ano que vem.
Putin manifestou-se numa altura em que o exército russo participa em manobras militares na Bielorrússia e em que navios de guerra russos iniciaram exercícios com a marinha chinesa (entre 21 e 27 de dezembro).
Também levantou a ponta do véu sobre o uso de mísseis hipersónicos pela marinha.
"A partir de janeiro, a fragata Almirante Gorshkov será equipada com o novo míssil hipersónico Zircon, que, repito, não tem equivalente em todo o mundo", sublinhou o presidente russo.
Putin anunciou, igualmente, a instalação de bases navais para apoiar a frota russa em Mariupol e Berdiansk, duas cidades ocupadas no sul da Ucrânia.
Mas a economia também o preocupa. Deixou isso mesmo claro, também hoje, durante o lançamento da exploração do campo de gás Kovykta, na Sibéria, que deverá aumentar as exportações para a China.
"Um novo centro de produção de gás em Irkutsk surge no mapa do país. Estamos a pôr em marcha o único campo de gás condensado de Kovykta, o maior na Sibéria Oriental. As reservas recuperáveis são de 1,8 biliões de metros cúbicos de gás", referiu o chefe de Estado.
Para transportar o gás foi construído um gasoduto de 800 quilómetros, que poderá representar um novo fôlego para a Rússia.
A sofrer o impacto das sanções europeias, Moscovo tem interesse em aumentar entregas para a China.