O drama que ainda divide a Europa

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Este ano, 12 países da União Europeia construíram muros nas suas fronteiras e muitos restauraram controlos fronteiriços, "suspendendo" as regras de Schengen

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Desde o início do ano, foram registadas na União Europeia cerca de 281 mil passagens irregulares de fronteiras. É um aumento de 77% em relação a 2021. Os migrantes utilizaram rotas terrestres e marítimas, que ficaram transitáveis mais tempo do que o habitual por causa do clima ameno.

A região dos Balcãs Ocidentais foi a rota mais ativa, com 128 mil passagens irregulares. É o número mais elevado desde o pico da crise migratória, em 2015 e 2016.

A resposta foi a construção de muros, principalmente em 2021. No ano passado, Bruxelas acusou o presidente da Bielorrússia de atrair migrantes do Médio Oriente e Norte de África e empurrá-los para a fronteira europeia, em represália pelas sanções dos "27".

A invasão russa da Ucrânia acentuou o medo de uma "migração armada" e novas barreiras estão a ser construídas. No território da União Europeia e do espaço Schengen, há atualmente 19 muros fronteiriços ou de separação que se estendem por mais de 2 mil quilómetros.

No último ano, 12 países da União Europeia construíram muros em um ou mais troços das suas fronteiras e muitos restauraram controlos fronteiriços, "suspendendo" as regras de Schengen.

Dois episódios sublinharam a urgência de uma resposta comum dos 27: a morte de 23 migrantes que morreram quando tentavam passar de Marrocos para Espanha através de Melilla, e o conflito entre França e Itália por causa dos migrantes a bordo do Ocean Viking.

Bruxelas reagiu e anunciou um plano para coordenar melhor as chegadas dos migrantes. Um primeiro passo para uma reforma migratória que possa conciliar os diferentes interesses dos países da linha da frente e os que se encontram longe das fronteiras externas.

Nesta matéria há ainda uma Europa dividida, que no entanto conseguiu acolher 7 milhões de ucranianos e criar rapidamente um sistema de "proteção temporária" para quase 5 milhões de pessoas. Para muitos analistas, trata-se de uma lição importante para um bloco que vai continuar a enfrentar uma grave crise migratória

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