Tomada de posse realizou-se esta quarta-feira em Brasília, com críticas à gestão ambiental de Jair Bolsonaro.
Marina Silva está de volta à casa que conhece, vinte anos depois de ter assumido pela primeira vez, entre 2003 e 2008, a pasta do Ambiente. A agora ministra, trazida por Lula da Silva ao governo brasileiro, tomou posse, esta quarta-feira, em Brasília, e trouxe na mala novidades, começando pelo nome do próprio ministério que, com este executivo, passa a ser também da "mudança do clima".
A mudança vem com um objetivo concreto: voltar a colocar o Brasil na rota do combate às alterações climáticas e do Acordo de Paris.
Durante o discurso de tomada de posse, a ministra reconheceu que "o Brasil tem um enorme desafio para honrar os compromissos assumidos no Acordo de Paris", por ser uma "área em que houve retrocesso principalmente devido ao aumento da emissão decorrente do desmatamento, que se acirrou nos últimos quatro anos".
As críticas ao anterior governo, liderado por Jair Bolsonaro, mantiveram-se ao longo do discurso, em que foram anunciadas novas secretarias de Estado e lançadas novas metas para o Brasil, entre elas a de "recuperar 12 milhões de hectares de área degradada", com "o potencial de gerar 260 mil empregos".
A destruição daquela que é a maior floresta tropical do mundo foi recentemente confirmada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia - Imazon, ao revelar que a desflorestação da Amazónia em 2022 equivaleu a uma área de três mil campos de futebol, a maior dos últimos 15 anos.